sábado, 8 de março de 2008

viver é uma construção!



Dizem que a aprendizagem é uma construção. É verdade! Mas isso não é só questão da Educação. É questão da Economia, da Direito, da Comunicação, da Medicina, da Administração, das Artes, da Engenharia... de todas as atividades produtivas da Sociedade como um todo. Ou seja: a Sociedade é uma construção.

Uma sociedade que se constrói com a argamassa de mãos, corações e mentes que se interligam e se interagem dando forma a uma cultura e um estado da arte: o ser social de caráter interdisciplinar.

Essa interdisciplinaridade exige a nossa onipresença, muito embora não sejamos exatamente nós: mas a nossa presença junto, participando como parte de um organismo integrado. O desligamento é fatal.

Todos devem estar pensando em como resolver suas tarefas cotidianas, não é? Quanta coisa que se avoluma sobre nós. E como pesa o tempo de nossa eternidade! Essa consciência dos milênios sobre a nossa atual duração efêmera.

Esse é o grande problema de todas as formas de construção e de organização que existem: essa engenharia das relações sociais e do trabalho coletivo. Imprescindível.

É essa a complexidade, do mundo pós-moderno, ou pós-pós-moderno. O mundo reorganizou-se de uma forma não-linear - talvez, caótica, à nossa compreensão - e nos exige que o compreendamos, pois exige a nossa participação em troca da sobrevivência, da segurança... (segue-se Maslow e sua hierarquia de necessidades).

Assim, nossa vida, nossa organização familiar e celular, exige mudanças. Mudanças na forma de viver, na forma de pensar, na forma de trabalhar. Nossa concepção do mundo tem que mudar porque, simplesmente, o mundo mudou. É um saudosismo bucólico e inócuo pensar que podemos manter a mesma "humanização" que tínhamos num mundo que já não existe mais.

Quem acompanha o mundo tecno e está conectado 24 horas-dia nunca viu tanta preocupação com a construção de ambientes colaborativos, não só para a aprendizagem, mas para o trabalho: para todas as atividades produtivas da vida. São iniciativas, buscas de onipresença, de trabalho coletivo, de soluções para resolver as exigências de complexidade e interdisciplinaridade, dessa nova sociedade que nos obriga a ser produtivos. Pois, a mesma sociedade será perversa ao marginalizar aqueles que não souberem estar nela.

Aí... essas ferramentas de trabalho colaborativo vêm em nosso socorro. Ferramentas em desenvolvimento permanente, pois dia após dia... novas complexidades.

Daí não adianta discutirmos se somos "ciborgues" ou "humanos". Precisamos perceber que essas ferramentas vêm em socorro - quase paramédico - da nossa grande dificuldade de auto-organização, nessa universalidade que bate à nossa porta.

E nos diz que, antes de mais nada, a vida é um processo. E todo processo consciente visa do dia-a-dia um todo e sempre amanhã evolutivo. Ser parte desse processo significa uma luta de emancipação. Pois fazer parte da construção do futuro nos faz donos de nossa própria existência: o ser intransitivo.

O ser que se reproduz em si mesmo e gera outros aprendizes e aprendizagens para perenizar uma humanidade construtiva. E assim a humanidade se eterniza na intensidade e na continuidade do porvir.

É... a vida é uma construção. Um permanente construir do porvir. É o que nos faz maior do que nós mesmos. O que nos dá a plenitude da percepção de que somos eternos. Há, pois, uma boa razão para fazermos sempre melhor o nosso cotidiano.




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