De onde surge você,
pálida,
nesta manhã
por entre os meus lençóis?
Desperto com teu hálito,
fresco,
a perfumar de dia,
um leito de flores do campo.
De onde surge esta figura esguia
a marulhar
a gaze dos lençóis?
Perde-se conta
das manhãs
descortinadas
na agonia da insônia.
Perde-se a conta
das dores e lamentos
ouvidas nas madrugadas
sem acasos.
Onde descobriste
o endereço do meu horizonte
para brilhar com luz vadia
e penetrar entre as cortinas
de meu catre?
Como fizeste
para desvendar a olhos vidrados
num horizonte sempre imutável?
E que trazia, sempre, a dor
em forma de luz matinal.
Como gotas de ferro fundido
a infiltrar nas têmporas...
Como fizeste?
quinta-feira, 6 de março de 2008
de onde surge você
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