as palavras são pequenas
nesta madrugada vazia
em tom fúnebre
perderam-se os ocasos
os limites das finitudes
os horizontes
as fronteiras
e permanecemos
distantes
assim se foi
o tempo do encontro
escoaram-se todas
as possibilidades de elos
que brincaríamos
de serem eternos
perpétuos
não há mais tempo
e permaneceremos vazios
um do outro
no desencontro perpétuo das mãos
vazias de sentido
e que nunca se tocaram
e estão agora
abanando o adeus
sim, adeus.
mas, quem se importa?
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