quarta-feira, 8 de julho de 2009

[há um ruído sutil]




há um ruído sutil
na tua voz,
quando me conta
das amarguras
da vida

eu guardo meu livro
na mesa de cabeceira
e penso em ti
e esse pensamento
é quase uma oração

passa despercebido

há palavras que não
quero dizer agora
porque minha razão
está no mode te amo
e guardo isso

com delicadeza
de preenchimento
penso em ti
em milagres
deixo sempre

a porta aberta

para ir ou ficar
seria questão ou coisa
para o meu demônio
mais puro, pensar
sonhar e ansiar

e no entanto
todos os dias
sobram as horas
em que medito
e me vou

vôo infinito




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