Um dia, como se o tempo brincasse
de repassar a história comigo
e no chão de minha frente espalhasse
reflexos de nudez sem abrigo.
Pedaços de espelhos como lascas,
fragmentos de mim sem véu,
apontam na emoção feito facas
que não agridem, mas me fazem réu.
A consciência do real que desabrota
e o perceber da farsa cada dia,
conduzem ao julgamento que denota
o conviver entre verdade e fantasia.
E a vida ao rejeitar minhas imagens
e fazendo-me a vontade oprimida,
atira as ilusões entre as bobagens.
Tal qual verdade que não vier vestida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário