O éter dos fantasmas reside na memória. A quina dos móveis que resvalam na carne durante os percursos sonambúlicos da madrugada. Aguardo a aurora e o despertar dos sonhos que teimam persistir pela manhã adentro. Bebo o frescor das manhãs e respiro aliviado o terror de minhas insônias. Arrasto os pés pela casa em mero vestígio de sobrevivência. E deito na cama para acalmar as dores íntimas que sobreviveram às sombras.
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