há em ti
uma moça quieta
às vezes calada
quase sempre contida
há em ti
uma quietude inquieta
mesclada em silêncio
de uma busca
sinto-me percorrer
a alma em busca de carne
sinto em mim teu espírito
me invadindo a casa
mal de lua te toma
e a noite te aflora
e não consegues mentir-te
quando chega a hora
e como o furor desabrota
a voracidade te toma
assim sem medida
e uma ânsia de sangue
transborda do cálice
derrama na cama
e emarfanha as cambraias
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