Não sei explicar como os encontros acontecem, nem por que acontecem. Simplesmente um pequeno detalhe, ínfima coincidência, e então acontece. Não há nenhuma lógica nisso. Não é vulgar, não é eterno, mas agora parece perene.
O que veio depois do encontro é o que determina a perenitude. Foi quando os laços se aprofundaram e se misturaram em uma teia de idéias entrelaçadas.
Foi assim que aconteceu. O encontro tornou-se um hábito e o hábito o alimento do cotidiano. Dentro de uma solidão desejada – e até provocada – conspirou-se uma cumplicidade de idéias que foi me tomando por completo, até mesmo no mundo das sensações.
A tua voz, ah a tua voz! Tua língua rápida e ferina, se mexendo na boca. Os teus olhos, eles não param quietos, mexem-se com destreza e, de repente, pousam nos meus. Teus braços esguios que gesticulam endossando a palavra. Tua elegância por natureza.
por Claudio Fagundes (CAlex)
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