terça-feira, 11 de junho de 2013
terça-feira, 4 de junho de 2013
abra as portas
Não refugie a tua poesia em palavras herméticas e sentidos obscuros. Bem verdade que assim dás o dom de cada leitor de construir outro poema. Mas poesia não é fechar portas criar incompreensões herméticas. Escreva com palavras simples e abra as portas com facilidade para cenários complexos e profundos da tua alma. Seja simples como aquilo que brota na semente e verdeja na complexidade de um ser vivente.
as portas
às vezes penso
em escrever um poema
às vezes penso
e não escrevo nada
construo para mim mesmo
uma porta secreta
por onde saio
e nem sempre volto
hoje não encontro
a minha porta secreta
onde foi que a achei
da última vez?
o tempo passa
e as portas vão se fechando
o tempo admira
as portas fechadas
em escrever um poema
às vezes penso
e não escrevo nada
construo para mim mesmo
uma porta secreta
por onde saio
e nem sempre volto
hoje não encontro
a minha porta secreta
onde foi que a achei
da última vez?
o tempo passa
e as portas vão se fechando
o tempo admira
as portas fechadas
Passagem
A casa está vazia hoje. Não esbarro nem comigo mesmo. O
silêncio permeia os ambientes e o quarto ainda está na penumbra. Não tenho que
fazer de mim. Encontro-me comigo mesmo em uma dimensão distante. Longe das
dobras do cotidiano e das sobras do dia de ontem. Aguardo a passagem das horas!
Vesti-me de manhazinha com a roupa habitual de meu dia-a-dia. No entanto a cela parece que me leva a caminhos até então indecifráveis. Não sei onde minha nave quer me levar. Nem sei se quer, simplesmente habito.
Habito e, dentro dela, pareço ser outro mundo. Um outro mundo com outro modo de ser. Perplexo. Deixo-me acompanhar da vida que passa. Vou dentro de algo e algo vai dentro de mim. São pequenos universos irreconhecidos. Sou eu que vou no rumo do tempo. Sou eu quem sou percorrendo a minha jornada. E esta jornada não sou eu que traço.
É apenas a vida que se desenvolve e eu vou!
Vesti-me de manhazinha com a roupa habitual de meu dia-a-dia. No entanto a cela parece que me leva a caminhos até então indecifráveis. Não sei onde minha nave quer me levar. Nem sei se quer, simplesmente habito.
Habito e, dentro dela, pareço ser outro mundo. Um outro mundo com outro modo de ser. Perplexo. Deixo-me acompanhar da vida que passa. Vou dentro de algo e algo vai dentro de mim. São pequenos universos irreconhecidos. Sou eu que vou no rumo do tempo. Sou eu quem sou percorrendo a minha jornada. E esta jornada não sou eu que traço.
É apenas a vida que se desenvolve e eu vou!
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