segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Chet Baker não lia música
Chet Baker não lia música.
(Não esqueça disso!)
Porque nele havia realidade.
Para o talento basta a simplicidade.
Hoje ouço um Chet póstumo
depois de uma vida em queda
que terminou definitiva em Amsterdã.
Pensei que Chet lesse música.
- Que tolice pensar que este pequeno
detalhe acadêmico fosse tão obrigatório!
Percebi meu engano ao ler o que Herbie
Hancock dizia em encarte de um disco de Chet.
Enquanto houver talento, há surpresa.
E talento não se aprende
o que se aprende são os meios
e os meios são a estrada.
De que serve a estrada
para quem já chegou?
por Claudio Fagundes
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
sobre a vida
gosto especialmente
desse indizer sobre a vida.
a busca ontológica de um ser
inexistente
criado
enviscerado
a vida
que o limita
por Claudio Fagundes
a vida e o sonho
aquieta-te, moça linda
que a vida é necessária
com dores e tristezas
com durezas e amarguras
e temos que viver
temos que cuidar
de nossos filhos
de nossa fome
de nossa sede
até de nossas
ânsias e desejos
permanecemos assim
distantes
cuidando da vida
cumprindo a realidade
de cada um
entretanto
é preciso que saibas
a semente que brotou
ainda floresce
que teu canto
vem até aqui direto
e me agasalha terno
com sua suavidade
agasalha-me
com o teu abraço pequeno
com tuas mãos que me tocam
como em uma dança descalça
que inebria meus olhos
e me faz mergulhar
num sonho de presença
e não
não é o sonho puro
dos poetas que inventam
é um sonho de desejo
por Claudio Fagundes
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
As palavras
As palavras
devem ser ditas
para a compreensão
suave
leve
simples
Ofertadas
como água
de uma fonte
cristalina
por Claudio Fagundes
domingo, 1 de novembro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)